quarta-feira, 13 de março de 2024

Viajando pelo México

 Carmélia Cândida
 Cadeira n.º 2

Viagem realizada entre 30 de janeiro e 10 de fevereiro de 2024. Viajantes: Carmélia Cândida e Alaércio Delfino

O México atrai pela cultura diversificada, pelo colorido, por suas paisagens naturais, monumentos históricos, praias, sítios arqueológicos, entre outros atrativos. A mim, também por ser o país de Frida Khalo e por me trazer o canto intenso e incomparável de Chavella Vargas, que nasceu na Costa Rica, mas se firmou como cantora mexicana. Nos nossos dez dias pelo país, optamos por roteiros históricos e culturais. Visitamos a  Cidade do México (CDMX), Puebla de Zaragoza e Oaxaca de Juárez.

A CDMX, capital do país, está entre as maiores cidades do mundo, com mais de 22 milhões de habitantes. Encantaram-me os museus, exposições, as avenidas modernas e, em especial, o centro histórico, com suas ruas que pipocam gente, a fenomenal Plaza de La Constitucíon, a quarta maior praça do mundo, e monumentos como a Catedral Metropolitana de la Asunción de Maria, o Palácio Nacional,  o Palácio das Bellas Artes (este enche os olhos, é de ficar diante dele, sem dizer nada, tão somente contemplando).

Tivemos o privilégio de sobrevoar de balão a zona arqueológica de Teotihuacán, realizando um sonho antigo, e depois caminhar por todo o sítio, admirando cada construção e as pirâmides. Deixamo-nos contagiar pela alegria dos embarcadouros de  Xochimilco, com seus inúmeros barquinhos cheios de cor, que navegam por canais pitorescos enquanto vendedores e mariachis passam oferecendo seus produtos/serviços. Fomos ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, principal templo da Igreja Católica no continente americano.  Na Casa Azul, onde nasceu e morreu Frida Khalo, hoje museu, submergi-me no universo da vida e obra da artista e, no jardim, ela e eu tivemos um encontro espiritual e emocionante, um dos pontos altos da viagem para mim.

Em Puebla, caminhamos sem pressa por entre ruas estreitas e coloridas, ornadas por prédios históricos e repletas de vida. Em Oaxaca, cidade indígena conhecida como o berço de civilizações antigas, pudemos sentir a essência do México, pois o local soube preservar seu passado colonial e suas tradições. Artesanato por todos os lados, museus e galerias de arte – um deleite. Lá também pudemos visitar outro sítio arqueológico, o Monte Albán, uma cidade antiga do povo zapoteca localizada a 2 mil metros acima do nível do mar. E passamos um perrengue para chegar a Hierve el Agua, um lugar no alto das montanhas, difícil de chegar, que conta com piscinas naturais, cascatas petrificadas e uma paisagem de tirar o fôlego.

Foram dias intensos, revigorantes e que nos confirmaram, mais uma vez, que viagens são, depois de saúde, o maior e melhor investimento que podemos fazer por nós mesmos. O que vivemos, o que sentimos e experimentamos em uma viagem prazerosa ficará conosco e estará para sempre entre nossas memórias mais felizes. É como disse Gabriel Garcia Marquez: o que você viveu ninguém rouba.