terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Janeiro: habite o novo, do ano

Lígia Muniz
Cadeira n.º 13 


Olho as montanhas, em verdes nuances.

Atrás das colinas, está o meu lugar.

Saudades deste lugar, aonde nunca fui.

 

Olho o sol nascendo,

em seus claros tons de brilhos.

Saudades deste lugar, onde ainda vou habitar.

 

O novo de janeiro é ímã e me atrai.

Pois lá, depois de janeiro,

vou esbarrar, sempre, na esperança;

me aquecer na fé das manhãs;

tropeçar, dia após dia, na alegria.

 

Até a noite chegar

e me serenar de estrelas-guias.

 

E é lá, onde ainda não conheço,

neste janeiro e depois de janeiro,

e em maio e em setembro,

que vou viver e morar.

 

Até dezembro chegar,

e a luz de uma criança me encantar.

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Imagem: Domínio público em https://publicdomainvectors.org

 


 

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Pão e Poesia!

Conceição Cruz
Cadeira n.º 4
 
 

O ano novo

já inaugurou

a contagem de seus dias.

 

O clima de festividade

começa a ceder

à velha rotina e

às lidas burocráticas.

 

O trem do tempo, paulatinamente, acelera a sua marcha!

 

Assim,

2024 já ecoa

distante!

 

De forma leve,

tecendo os meses, 

no fio horas,

a poesia borda...

 

Expectativa de um outro fim

e de um novo recomeço!

 

Onde há vida,

há poesia?

Onde há poesia,

há vida?

 

“Nem só  de pão

o homem viverá!”

 

É possível

viver sem

pão?

Sem circo?

 

Impossível viver

sem a Palavra...

sem Amigos!

 

E, seguramente,

sem Poesia!

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