sábado, 25 de dezembro de 2021

A encarnação de Jesus, a partir do sim de Maria e de José

Regina Marinho
Cadeira n.º 6

Maria

Uma moça de Nazaré da Galileia prometida em casamento recebe uma visita inesperada. Diante do anúncio, perplexidade… assombro… dúvida... Sentimentos que experimentamos na nossa vida diversas vezes. Ela reflete, questiona, acolhe e entrega. Sabendo que Isabel, já idosa, está grávida de seis meses, vai ter com ela para servi-la e lá permanece até o nascimento de João. Plena de graça, entoa o magnificat, um hino de exaltação a Deus, por sua justiça em favor dos necessitados.

Não estacionar na perplexidade ou na dúvida, entender que desafios e conflitos internos podem ser pontos de partida para outros estados de ser, tomar partido em defesa dos despossuídos, dispor-se a servir, ter compaixão. Penso que essas posturas, daquela que se tornou discípula de seu filho desde a primeira hora, podem nos ajudar a viver melhor o Natal.

 

José

Muito se fala do sim de Maria que foi capaz de unir a terra e o céu. Mas vamos pensar agora no sim de José, pois nele se apoiou o sim de Maria. Já pensaram em como teria sido se Maria fosse condenada por adultério? A punição seria a lapidação. Tomado de incômodo, tristeza e dúvida, José teve um sonho. Na verdade, seu coração buscava compreender tudo aquilo, tão estranho e inesperado: Maria trazia no ventre um filho que não era seu e nem de homem algum. Por isso, José, homem bom, mais que justo, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. O sonho de José foi a resposta ao seu anseio de permanecer no amor, segundo a vontade de Deus. Seu exemplo, de transcender a justiça humana em favor da bondade, é fundamental para entendermos o significado do Natal.

 

Que você e sua família tenham um Feliz Natal!

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Entrevista com a escritora: Renata Teixeira da Silva

Em entrevista para o canal do YouTube da Academia de Letras de Pará de Minas, a escritora Renata Teixeira da Silva, cadeira n.º 3 da ALPM, fala do lançamento de seu livro "12 Lições: o que aprendi com o câncer de mama", publicado pela Todavoz Editora.

💝O livro, “12 LIÇÕES”, está à venda: 


👉🏼na Loreto Bookstore 
(livraria do Shopping Fabrika Mall: R. Ricardo Marinho, 650, Loja 28, B. São Geraldo, Pará de Minas/MG);

👉🏼na loja Brinquelê/Centro 
(R. Benedito Valadares, 474 - Centro, Pará de Minas); e

(para quem não puder comprá-lo em Pará de Minas)!

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Flor Negra

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7


FLOR NEGRA de um calvário, de um sofrimento inigualável e de uma força de viver inesgotável!

FLOR NEGRA dos campos e cafezais infestados de maldade para destruir sua beleza que sobrepunha à realeza!

FLOR NEGRA de sementes incontáveis, que com vontade de se libertar se enraizou e deixou-se espalhar!

FLOR NEGRA com certeza é fortaleza, e com sentimento é perfume e beleza!

FLOR NEGRA nos navios cantou em dias sombrios, no martírio entoou sons dos rios!

FLOR NEGRA no jardim da escravidão, exalando seu perfume na abolição!

FLOR NEGRA no tormento a superação, na liberdade, o amor pela nação!

FLOR NEGRA que brilha na escuridão, que ilumina na libertação!

FLOR NEGRA de imensa paixão, de grande conscientização!

FLOR NEGRA de luta por um ideal, e de grande esperança que se tornou real!

FLOR NEGRA de cultura que beleza, de postura, que firmeza!

FLOR NEGRA, nossas raízes profundas, de torturas imundas, mas de lutas infindas!

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FLOR NEGRA é uma homenagem à Consciência Negra, que trabalha ininterruptamente para resgatar e se fazer respeitar a Cultura dos nossos incansáveis trabalhadores escravos que foram retirados de sua terra natal violentamente para fazerem esta nação crescer a custo do sangue de cada um. Com certeza temos muito a agradecer a estes nossos irmãos martirizados.

UM FELIZ E SANTO NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS! 

domingo, 12 de dezembro de 2021

Noite Feliz

Conceição Cruz
Cadeira n.º 4


Noite Feliz!
Aleluia! Na manjedoura, nasceu o Menino Luz. Assim, Deus
transformou a humanidade! Foi tanta 
Alegria, mas tanta, que até os nossos dias, em nossos 
Lares e em nossos corações Ele sempre renasceu!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Lançamento de livro - 12 Lições: o que aprendi com o câncer de mama

 


A escritora Renata Teixeira da Silva (cadeira n.º 3 da ALPM) lança, no dia 26 de novembro, às 19h, na recém-inaugurada sede da Academia de Letras de Pará de Minas (Centro Literário Pedro Nestor), o livro "12 Lições: o que aprendi com o câncer de mama", editado pela Todavoz Editora

Escritora da ALPM lança revista de cultura e gastronomia


Cultura & Gastronomia - Pará de Minas é o nome da revista que acaba de ser lançada pela Editora Todavoz. O projeto, comandado pela escritora e jornalista Fátima Peres (cadeira n.º 15 da ALPM) busca reunir literatura, gastronomia, artes plásticas, cinema e música, além de outras artes. A editora, Fátima Peres, depois de atuar por muitos anos no jornalismo econômico e empresarial, afirma que realizou um grande sonho com esta publicação. A revista traz em seu número zero alguns destaques sobre a Academia e colaborações de acadêmicos, dicas de leituras e outras matérias sobre artes e, é claro, sobre gastronomia. 

Conheça a publicação:



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Calendário

Conceição Cruz
Cadeira n.º 4




Calendário
alguém sabe explicar a mágica que
leva os dias, a cada dia,
e, ao final, recomeça tudo de
novo? De trinta e um, trinta, ou até menos dias, sempre
doze são os meses em um
ano, de Janeiro a Dezembro. E assim,
renascem as festas:  
inicia-se com o Dia Mundial da Paz e, sempre,
o último é um convite para o nosso despertar!

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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Câmara Municipal institui o Dia da Academia de Letras de Pará de Minas

A Câmara Municipal de Pará de Minas aprovou no dia 3 de novembro último o projeto 151/2021 que institui o Dia da Academia de Letras de Pará de Minas, que passa a integrar o calendário oficial de eventos do município. A data será comemorada no dia 20 de setembro, dia de fundação da ALPM e o mesmo em que se comemora a emancipação político-administrativa do Município. A iniciativa foi da vereadora Irene Melo Franco. A sessão foi acompanhada pelo Presidente da ALPM, o escritor Valmir José Diniz. No próximo ano, a Academia comemorará os seus 25 anos de fundação.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Tons de Primaveras de Minas - Lançamento


 Conheça mais sobre este projeto nesta entrevista com a escritora Conceição Cruz


"Tons de Primaveras de Minas" é um brinde à mais nova experiência musical - letras e ou melodias - da acadêmica Conceição Cruz, com interpretações de Gê Lara ou de José Antônio de Souza Pinto (Grillo), músicos de Divinópolis, com a participação especial de outros colaboradores.

O EP tem a docilidade de Minas, numa mescla de sentidos e de emoções entre a alegria de viver e do amor que a tudo permeia - em diversos horizontes - a exemplo da primavera!

A intertextualidade da capa de Rosária Cruz e fotos de Maurício Cruz - mosaico de tons, sensações e de harmonia das cores, tal a beleza da alma sensorial do “Mar de Minas” plena de saberes, sabores, causos, experiências, sons da nova estação e melodias - convida-nos a mergulharmos nas oito faixas. 

Desfrute desta vibrante primavera poética e aproveite para espalhar pelo mundo os bons sentimentos latentes dentro de você!


EP completo:
Ou clique aqui.


Músicas:
(clique sobre os nomes e acesse)


sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Tons de Primaveras de Minas - estreia no dia 22 de outubro!

 


Tons de Primaveras de Minas é um EP com músicas e melodias compostas pela escritora da ALPM Conceição Cruz. No dia 22 de outubro será o momento de conhecer e apreciar o projeto, nas plataformas digitais.

Enquanto isso, uma amostra dessa experiência musical está disponível aquiA música - “Ei, moço!” tem letra de Roberto Caroli, melodia de Conceição Cruz e interpretação de Grillo. 


terça-feira, 12 de outubro de 2021

Milagres

Conceição Cruz
Cadeira n.º 4




Milhões de peregrinos, o ano todo, vão ao

interior de São Paulo:
lá encontram o colo e o olhar da Mãe 
Aparecida, Aquela de pele negra, que libertou Zacarias dos
grilhões e, também a nós, das correntes das vãs ilusões.
Rainha Padroeira do Brasil,
Escolheu o Dia das Crianças para, junto com elas, festejar o 
Seu fervoroso Dia!

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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

"Ei, moço!" Tons de Primaveras de Minas é uma experiência musical de escritora da ALPM



A música - “Ei, moço!” - integrante do EP “Tons de Primaveras de Minas”, é o resultado do trabalho coletivo e do intercâmbio entre cidades: melodia da acadêmica Conceição Cruz, patafufa (cadeira n.º 4 da ALPM), letra de Roberto Carlos Oliveira, escritor e professor pitanguiense, mais conhecido por Roberto Caroli. 

A interpretação foi feita por José Antônio de Souza Pinto, popularmente, Grillo, músico de Divinópolis, a partir da harmonização realizada pelo maestro Joãozinho - João Evaristo Silveira Júnior - de Nova Serrana. 

A letra simples faz refletir sobre os valores, os conceitos e pré-conceitos, enquanto o arranjo musical brinca de “altos e baixos” pelos quatro cantos do ambiente. 

Uma sinfonia real e relaxante de pássaros (colaboração de Eliana Borges/BH) embala o ouvinte juntamente com letra, melodia, voz e arranjo.

Em breve, toda a magnitude dos “Tons de Primavera de Minas”.  O lançamento do EP Tons de Primaveras de Minas será no dia 22 de outubro.

Para começar a desfrutar de um pouquinho desta experiência musical, basta clicar aqui. 

Disponível nas melhores plataformas digitais:






domingo, 10 de outubro de 2021

O gosto pela escrita

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7

Há algum tempo atrás, li um artigo num jornal de Belo Horizonte do escritor Emanuel Medeiros Vieira, intitulado “Por que escrevemos?”, e achei interessante transcrevê-lo para vocês. Pois se trata do verdadeiro sentimento que nós, que amamos a Literatura, temos pelas palavras, que saem do nosso coração como uma explosão que estremece tudo e todos quando tocados. Não poderia ter sido mais feliz esse escritor que nos presenteia com estas palavras marcantes, nos fazendo aumentar mais ainda a vontade de continuarmos escrevendo. E, quem sabe, podendo ser parte de um mundo melhor. Portanto, transcrevo um pedaço da alma de um verdadeiro escritor apaixonado pelas palavras:

“Começamos escrevendo para viver e acabamos escrevendo para não morrer. Para quem edifica palavras mal rompe a aurora, escrever é inadiável e urgente, mesmo que nada externamente nos obrigue a isso. Mas a necessidade interna é visceral, orgânica, chama e fogo, flecha, algo colado à pele.

Não conseguimos escapar desse apelo. Escrevemos para perdurar, para vencer a poeira do tempo, para despistar a morte, para regar nossos fantasmas e, (por que não?) para amar e ser amado. A literatura é o refúgio da sinceridade num mundo de pose. ‘A literatura é um apelo de fogo, onde mora meu desespero, a minha inquietação e o meu paraíso’, escreveu alguém. Eu sei: tento escrever um hino de amor à palavra. Qual a maior viagem (interior) que podemos fazer, senão aquela que é um mergulho no livro, nesta criação de outros mundos, nessa peregrinação às áfricas interiores?

‘Se o mundo dos objetos palpáveis e vida prática, não é mais real que o mundo das ficções dos sonhos e dos labirintos, então pode ser que o autor de artifícios verbais tenha mais direito à condição de demiurgo que qualquer outro candidato’, escreveu Samuel Titan Jr., falando sobre Borges. Hoje a realidade chamada virtual fica sendo mais importante que o humano propriamente dito. Uma personalidade não aparece porque é boa, mas é boa porque aparece. Vivemos uma mudança de época e não uma época de mudanças.  Ou está inapelavelmente decretado que não há nada mais a fazer, que o destino já rabiscou todos os destinos? Queremos um modelo de consumidores ou de cidadãos? Se aceita passivamente um mundo onde são as coisas que comandam e não os valores.

Queremos pessoas abúlicas, inertes, numa globalização onde impera a uniformidade e não a igualdade? A literatura é um sonho do eterno. Sua morte tem sido decretada diariamente. Mas por que ela continua tão viva? ‘Pois há dentro do homem uma sede de infinito que nenhum modelo meramente mercantil pode saciar’”.

Concordo em gênero e número, pois não poderia ter me expressado melhor.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!                                      


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Reinaugurado o Centro Literário Pedro Nestor, que abrigará a nova sede da Academia

No aniversário de 162 anos de Pará de Minas, foi entregue a reforma do Centro Literário Pedro Nestor, importante patrimônio histórico, que foi restaurado pela Prefeitura Municipal para ser mais um equipamento cultural à disposição da cidade. Um dos espaços do edifício é a nova sede da Academia de Letras de Pará de Minas. A cerimônia, que contou com a Diretoria da ALPM e vários acadêmicos, foi realizada no dia 20 de setembro de 2021, marcando também o aniversário de 24 anos da Academia.



segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Sociedade de letras, sociedade sadia

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7

Quando falamos de uma sociedade desenvolvida ou em expansão, presumimos que estamos falando de um povo que tem paixão pelas letras, ou seja, que tem um índice de leitura exigida para que um país cresça e apareça no contexto mundial. Quando eu falo sociedade de letras, estou querendo dizer que o povo de um país conhece bem a sua literatura, a sua arte e cultura. É inconcebível uma sociedade crescer no contexto mundial sem conhecer a sua própria língua.

E, para que isso aconteça, é preciso que esta sociedade tenha incentivo, condições de acesso à literatura de seu país. Pois só assim, pode lutar pelos seus ideais para que se torne um país mais justo. É difícil? É claro que sim. Mas se ficarmos sentados esperando que Deus faça a nossa parte, jamais conseguiremos sair de um país em desenvolvimento, ou como dizem atualmente, “emergentes”. 

Parece até brincadeira, mas como vamos sair de um país emergente para um país desenvolvido? Temos que começar pela nossa cultura, aprender a admirá-la e amá-la cada vez mais. Precisamos ter acesso mais fácil aos livros, aprendermos desde a nossa infância a gostarmos de ler e escrever. Sentir a paixão pelas letras. Só se constrói uma sociedade mais justa e conhecedora de seus direitos através da leitura e, consequentemente, com a escrita. A literatura não é a maior das ciências, mas é a mais necessária para que alcancemos nossos conhecimentos em comunhão com as outras artes e ciências existentes.

Somos o que somos através do que conhecemos e aprendemos. E se não buscamos este conhecimento e aprendizagem, jamais poderemos caminhar mais rápido para os nossos sonhos e objetivos. Tomemos como exemplo um país como a França, em que a média de leitura por cidadão é de 13,4 livros anuais; nos Estados Unidos, 10 livros; em nosso continente, o Chile e a Argentina, para não falarmos dos outros países, têm uma média de leitura maior do que a nossa, respectivamente 7,2 e 6,1 enquanto que, no Brasil, é de apenas 2,4 livros se somarmos os livros didáticos.

Portanto, se queremos conhecer o mundo, crescer com ele, precisamos conhecer primeiramente a nós mesmos, através da literatura. Nossos políticos e governantes precisam se empenhar para que o povo tenha mais facilidade, mas para que isso aconteça é preciso que coloquemos as pessoas certas nos lugares certos, senão, continuaremos sempre “emergentes”.

Uma sociedade esclarecida é uma sociedade mais inteligente, lúcida nas ações e decisões que deve tomar. O crescimento é só consequência, quando um país respeita e ama a sua cultura, a sua literatura, a sua arte em geral. O sangue ‘corre’ nas veias com mais fervor e rapidez. E o nosso Brasil está precisando deste sangue nas veias, para que caminhemos a passos largos ao desenvolvimento que tanto merecemos. Pois acredito que nenhum outro país possui tantas riquezas naturais, minerais, animais, como o nosso Brasil. E é através das letras, que conseguiremos crescer justamente como merecemos, e dar a este povo maravilhoso uma vida decente e sadia. A nossa língua é considerada lá fora, como a mais bela, cheia de populismo, gírias e contrastes.

Um país, um povo, só tem consciência viva se conhecer, amar e respeitar a sua cultura, principalmente a Literatura. É lendo que se enxerga adiante, o futuro promissor. Então, o que estamos esperando?

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Escritora da ALPM lança seu novo livro: "A fuga da Sereia"

 


A história começa com a notícia da fuga da sereia para um tal país do Xeneném-Butucrê! E mais: a sereia não fugiu sozinha! Que desalento! O mar, a praia, os homens, os peixes e animais do mar e da areia, todos ficam tristes. E se unem na busca pela sereia. O que poderão descobrir? Uma história fascinante, marcada, entre outras questões, por amizade, perdão, redenção e amadurecimento. Só precisa ter um cuidado: não se deixar enfeitiçar pela sereia!

O novo livro da escritora da ALPM Carmélia Cândida (cadeira n.º 2) será lançado no próximo dia 21 de setembro, em Pará de Minas. Será na Casa de Cultura (Pç. Torquato de Almeida, 26, Centro), mediante retirada  antecipada de convite, disponível na própria Casa de Cultura, a partir de 16/09.

O livro pode ser adquirido já na pré-venda: https://tinyurl.com/c4v3c4b, no valor de 25 Reais, mais as despesas de envio.



domingo, 12 de setembro de 2021

Primavera

Conceição Cruz
Cadeira n.º 4


Primavera
responda, se puder: o ano 
inteiro, a cada quatro
meses, pelo menos,
a natureza toda se transforma! 
Verão: quando começa?
E quando termina? Outono? Inverno? Primavera? A
Resposta você achará! Preste singular atenção
A cada mudança de estação!

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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Bianuário 2018-2019 da ALPM será lançado em live

 A Academia de Letras de Pará de Minas lançará, no dia 7 de agosto de 2021, às 19:30h, em seu canal no YouTube, o Bianuário 2018-2019. A cada dois anos a ALPM publica uma coletânea de apresentação dos acadêmicos e esta publicação foi organizada pelas acadêmicas Fátima Peres e Malluh Praxedes. Para acesso à live,  clique no convite abaixo. A obra está disponível em formato digital (clique aqui).



domingo, 25 de julho de 2021

ALPM Entre Vista - Conversa com a Escritora Conceição Cruz

Live no canal da ALPM no YouTube, realizada em 24/07/2021 entrevistou a escritora Conceição Cruz, cadeira n.º 4 da Academia. Na entrevista, Conceição falou sobre suas principais obras em prosa e verso e sobre sua produção para o público infantil.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

"ALPM Entre Vista" - Academia inaugura seu canal no YouTube


A Academia de Letras de Pará de Minas - ALPM - fará sua estreia no YOU TUBE, dia 24/07/2021, às 19h e 30min, com “ALPM ENTRE VISTA”. 

Na oportunidade, Fátima Peres, mestra, professora, jornalista e Márcio Simeone – professor, Doutor na área de Comunicação Social, ambos docentes da UFMG, promoverão um “dedinho de prosa” com a escritora “patafufa” Conceição Cruz - ocupante da cadeira nº 4 da ALPM – Academia de Letras de Pará de Minas e cadeira nº 29 da ADL – Academia de Letras de Divinópolis/MG.


Clique neste link para acesso ao canal:

https://www.youtube.com/channel/UC0WQMIRCype2i0tq_aZGhQA


À direita da sua tela, inscreva-se e ative o sininho para receber notícias sobre as futuras novidades. Por favor, divulgue o nosso canal para seus contatos, familiares e amigos para que eles também possam celebrar conosco a ativação do canal, com o nosso primeiro evento virtual!

sábado, 17 de julho de 2021

Unicidade

Geraldo Phonteboa
Cadeira n.º 14


Sentir é a forma que o corpo pensa.

Pensar corpóreo: carnalidade.

Nervos e sensores

Racionalizados.

A carne reage, tensiona, relaxa,

Aquece e esfria.

Comunica com o Todo e o Tudo.

Assim nos sabemos

E sabemo-nos nos outros.

Carpo é carne em interação:

Sensibilidade mundana

Inundada de racionalidade.

A Carne sente, o corpo percebe

E a razão reflete:

Dependência e interação.

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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Amarelinha

Conceição Cruz
Cadeira n.º 4


Amarelinha, fábulas, andar de bicicleta,
mariquinha, passar anel, corrida, caminhada,
adedanha, tabuada sem pestanejar, cantigas de
roda e jogos na rua: queimada, futebol...
Escrever, desenhar, pular corda e elástico, cantar,
ler, contar  estórias. Coletividade. As férias, mesmo as de
inverno, dispensavam longas viagens. 
Nasceu a geração digital: desde cedo, individualidade! Conectada ou 
hipnotizada pelo “canto de sereia” da rede
altamente virtual? Será feliz no mundo real? 

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terça-feira, 6 de julho de 2021

A vida nunca morre!

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7


Eu costumo dizer que, a cada dia que vivemos, a morte está mais próxima. A morte do corpo físico e não a morte do corpo espiritual. Porque a vida é eterna, ela nunca termina. Costumamos morrer, sim, durante todo o transcorrer de nossa vivência. Destruímos muitas vezes nossos desejos, vontades e realizações por uma simples atitude inconsequente ou impensada. Morremos para a vida sempre que desistimos de lutar por alguma coisa, algum sentimento ou ideal. Adoecemos simplesmente por não termos ido até o fim daquilo que iniciamos, ou por não termos escolhido o caminho mais correto, embora difícil de transpô-lo. Pois, geralmente, escolhemos o caminho mais fácil, que nem sempre é o melhor, porque assim “deve ser e pronto”.


Porém, esse “deve ser” é o que realmente nos fere, enfraquece e - por que não? -  destrói também a família e as pessoas que vivem à nossa volta. Por que agimos assim? Por que não aceitamos que estamos errados muitas vezes? Culpamos a vida pelos nossos erros, por nossas cabeçadas mal dadas, por nossos pensamentos confusos, por ferirmos o próximo, sem pensar que ele também tem sentimentos como os nossos. Ferimos e não queremos ser feridos. Maltratamos e não queremos ser maltratados. E muitas vezes praticamos atos sem o uso da razão. Embora ela sempre esteja ao nosso lado, mas a descartamos para dar lugar à ira, à vaidade e à ambição.


O ser humano foi criado por Deus para ser feliz, mas, mal começamos a vida, nossos primeiros pais já desobedeceram ao Criador e pecaram; por isso, estamos carregando este peso por toda a eternidade. Porém, nossa vida aqui neste mundo é para nos redimirmos de nossos erros para, quando morrermos para a Ressurreição, estarmos finalmente preparados na eternidade, junto a Deus. Portanto, se buscamos sempre a felicidade, precisamos antes de tudo fazermos o nosso próximo feliz.


Nós sempre ouvimos dizer: “A ambição mata” e, mesmo assim, nem sempre a ignoramos. E ela, realmente, quando usada para o poder desenfreado, mata para o amor, para a solidariedade, para a humildade e compreensão. Deixamos que tome conta, desrespeitando o próximo e, se preciso for, passando por cima dele sem dó nem piedade. Vivemos em comunidade, sociedade organizada, se assim podemos às vezes dizer. Claro, porque o homem, de modo geral um ser racional, jamais conseguiria viver solitariamente. Jamais pensamos em desenvolver um modo de passarmos a nossa vida isolada, porque somos seres criados para a coletividade, para o social. E quando o isolamento acontece é consequência dos fatos por nós provocados.


Por isso digo sempre que a vida é bela e nós a tornamos amarga e feia, de acordo com o que construímos ou destruímos durante nossa passagem por este planeta. Estamos acostumados a culpar os outros e a Deus pelos nossos defeitos, nossos erros e irresponsabilidades. É mais fácil achar culpados do que se culpar pois, se assim fosse, teríamos que apontar nossos erros e consertá-los, e isto para nós não é fácil. A morte da vida só acontece se quisermos. Somos seres criados na perfeição de Deus, porém somos seres destruidores na vontade de nossos erros, mas mesmo assim “A VIDA CONTINUA...”.


QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

domingo, 13 de junho de 2021

Fogueira e Fé

 Conceição Cruz
Cadeira n.º 4

Festejamos, em Junho, Santo Antônio: 
O primeiro a trazer Jesus Criança!
Guiado por Ele, São João tem, nos braços,
Um Cordeiro.
E São Pedro, as Chaves do Paraíso.
Instintivamente, olhamos  para o alto: qual a 
Relação do fogo, dos três Santos e “cês” -
a Criança, o Cordeiro e o Céu?

E elas nos contam, de

forma peculiar, um grande segredo. Para compreendê-lo, basta ser
É ou somente ter a pureza de uma criança!
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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Saudade

 Paulo Roberto dos Santos
Cadeira n.º 17




A saudade é companheira.
Não é responsável por nada.
Temos uma relação saudável,
amor e ódio, amistosa.

Às vezes, insiste em gritar,
coloco-lhe limites. Porém,
como uma adolescente,
adora transgredir. 

Assim, vamos crescendo...
Fazendo poesia,
concreta ou não.

De quando em vez,
ela enche o pote.

Então, entorno em lágrimas.


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quinta-feira, 27 de maio de 2021

A razão nem sempre tem razão?

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7


Quando digo isso, não estou tirando o verdadeiro mérito da razão. Mas sim a colocando em seu verdadeiro lugar e no momento adequado. Pois a razão sempre terá espaço em nossos pensamentos e decisões, porque faz parte do equilíbrio da vida. Com a razão temos um sentido das coisas, sem ela tudo se perde. Porém em alguns momentos nem sempre a razão vai nos ajudar, porque os sentimentos falarão mais forte. E será que é bom isto acontecer? Algumas vezes sim, mas, na maioria delas...

Tomemos como exemplo o Amor. Em todo o relacionamento que o Amor estiver presente, certamente ele terá razão. Mesmo que muitas vezes a razão deste amor não tenha sentido. Porém, é o Amor o maior de todos os sentimentos. E sempre que isso acontecer, precisamos manter o equilíbrio necessário para não trocarmos “alhos por bugalhos”. A razão é o equilíbrio de nossas ações. Ela é necessária e indispensável em nossos atos e decisões durante a vida. Por isso tenho cá em meus pensamentos que, na comparação entre o amor e a razão, não existe muita diferença. Se é que elas existem. Pois mesmo movido pelo amor no momento de nossas decisões, sempre vai existir a razão no meio dessas decisões, ainda que percebamos isto tardiamente.

A paixão, por exemplo, não pode ser confundida com o amor. Esta, sim, traz o perigo da confusão e da discórdia, e jamais deixa que a razão interfira. Isso acontece também quando entram os sentimentos negativos de ira, raiva, ódio e tudo mais que possa nos destruir.  O amor interfere para construir, e a paixão, na maioria das vezes, interfere para destruir, pois ela se transforma frequentemente na ira, no ódio e na raiva, levando a todos à escuridão de suas decisões, enquanto que o amor leva à luz, à harmonia sincera. Não podemos por isso confundir, jamais, o amor com a paixão. O amor cai em terra firme e germina, a paixão cai em terra dura e o vento leva.

Por isso, quando quis dizer que a razão nem sempre tem razão, foi no sentido filosófico de que quando entra o amor a dirigir o nosso caminho, é porque ele já incorporou a razão para dar sentido à nossa vida. Quando amamos de verdade, a felicidade brota como água de uma rica nascente. Quando amamos o próximo, a natureza e o que fazemos, flutuamos como se estivéssemos no espaço sem o tempo a nos controlar. E se a razão de ser é o amor, por que, então, termos razão nos pequenos detalhes e problemas que nos controlam e que às vezes até nos destroem? A razão só tem razão quando o que fazemos e decidimos é por respeito e, principalmente, por amor ao próximo e ao mundo em que vivemos.

Jamais aceitarei que me convençam que uma guerra é provocada por razões próprias e em defesa de um povo. Se para alguns a razão existe neste sentido, então para mim ela nunca terá razão. Não podemos chamar a insensatez, o desequilíbrio emocional do poder, a loucura propriamente dita, de razão. Se assim fosse, acredito que ninguém na face da Terra poderá explicar o que realmente seja a razão. A razão que dizem por aí ser a verdadeira, com suas desculpas para pisarem e massacrarem o povo pelo dinheiro e pelo poder, é falsa e vergonhosa. Nada nela existe de razão, por isso não pode ser chamada assim.

A razão caminha lado a lado com o amor: amor às coisas, ao próximo, à vida profissional e familiar etc. Se assim for, será sempre a verdadeira razão tendo razão.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!



quinta-feira, 20 de maio de 2021

O dia das mães na floresta

 José Roberto Pereira
Cadeira n.º 12



    Todos os bichinhos, lá na floresta, se preparavam para o Dia das Mães. Corriam de um lado para o outro, tentando encontrar o presente mais especial para presentear a mãezinha. Só a cigarrinha Tutinha parecia não estar preocupada em encontrar um presente. Ela cantava o dia inteiro. De repente, chegaram três joaninhas e perguntaram:

     _ Tutinha, você não vai procurar um presente para sua mãezinha?

     _ Não. Eu canto todos os dias para ela. Canto que é uma beleza!!! Afinadinha!

     _ Nós já encontramos um presente. Olha, é o perfume de uma rosa.

     Tutinha olhou o embrulho e não respondeu nada. Continuou a cantar. Foi quando chegaram correndo dois cachorrinhos pintados. Estavam felizes por terem encontrado duas gotinhas de orvalho para presentear sua mãezinha. Tutinha olhou as gotinhas e continuou sua cantoria.

     Pouco tempo depois, vieram duas gatinhas. Estavam contentes, pois haviam encontrado o cheiro de uma torta de peixes e colocado-o dentro de uma caixa,  amarrada com um laço muito bonito. Tutinha tentou sentir o cheiro e não conseguiu. Voltou a cantar. Era o que mais gostava de fazer.

     Não demorou muito, foi interrompida por quatro leõezinhos. Eles tinham encontrado um presente quentinho para dar para sua mãezinha: o calor de um abraço. Eles mostraram o embrulho e saíram rugindo.

     Nem o forte calor do sol fez com que Tutinha parasse de cantar. E, quando a tardinha caiu lá no horizonte, todos os bichinhos chegaram de um só vez perto dela. Pareciam apavorados. Falavam todos juntos. Uma confusão de sons e palavras, não se entendia nada. As joaninhas foram as primeiras a falar, depois do falatório de todos. Disseram que o perfume que haviam encontrado tinha exalado.

     _ Não sobrou nem um pouquinho de cheiro.

     Os cachorrinhos pintados mostraram que as gotinhas de orvalho tinham secado.

     _ Au, au, auuuuu! As duas evaporaram.

     As gatinhas mostraram sua caixa vazia.

     _ Miau, miauuuuu! O cheiro da torta de peixes sumiu.

     Os leõezinhos também mostraram sua caixa sem nada dentro.

    - Uauuu! O calor do abraço esfriou.

     Todos começaram a falar ao mesmo tempo, tentando encontrar uma solução para o presente do Dia das Mães. Ninguém conseguia entender uma só palavra. Foi quando Tutinha teve uma ideia para ajudar seus amigos.

     _ Silêncio! – gritou.

      Todos se calaram.

     _ Vamos juntar todas as mãezinhas em um lugar bem bonito e fazer uma serenata para elas?

     Os bichinhos acharam a ideia excelente. Mas ninguém sabia cantar. Tutinha começou a ensinar tudo sobre as notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Em pouco tempo, estavam cantando, afinadinhos, porque tiveram muita atenção e respeito à professorinha Tutinha.

     O presente para o Dia das Mães estava salvo.

     Não era nada material. Era amor em forma de música. Uma música muito bonita de uma tribo indígena brasileira que falava do vento que tudo leva e traz.

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(Meu primeiro texto infantil, escrito em 2001, para o Colégio Educare de Itaúna)

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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Nome de mãe

Valmir José
Cadeira n.º 10




Existe um nome pequenino

Lardeando os traços esmaecidos

Do passado de menino:

Mãe! Amor sem par.

 

Depois menino crescido

Correndo das sombras da vida

Tal qual fuga no tempo escasso,

Refoga-se na retorta dos anos

Enlaçado por tão meigo abraço

A cada vez que, desprotegido,

Mergulha, homem amadurecido,

Sutilmente buscando refúgio

Na ternura do nome de Mãe.

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