Eu costumo dizer que, a cada dia que vivemos, a morte está mais próxima. A morte do corpo físico e não a morte do corpo espiritual. Porque a vida é eterna, ela nunca termina. Costumamos morrer, sim, durante todo o transcorrer de nossa vivência. Destruímos muitas vezes nossos desejos, vontades e realizações por uma simples atitude inconsequente ou impensada. Morremos para a vida sempre que desistimos de lutar por alguma coisa, algum sentimento ou ideal. Adoecemos simplesmente por não termos ido até o fim daquilo que iniciamos, ou por não termos escolhido o caminho mais correto, embora difícil de transpô-lo. Pois, geralmente, escolhemos o caminho mais fácil, que nem sempre é o melhor, porque assim “deve ser e pronto”.
Porém, esse “deve ser” é o que realmente nos fere, enfraquece e - por que não? - destrói também a família e as pessoas que vivem à nossa volta. Por que agimos assim? Por que não aceitamos que estamos errados muitas vezes? Culpamos a vida pelos nossos erros, por nossas cabeçadas mal dadas, por nossos pensamentos confusos, por ferirmos o próximo, sem pensar que ele também tem sentimentos como os nossos. Ferimos e não queremos ser feridos. Maltratamos e não queremos ser maltratados. E muitas vezes praticamos atos sem o uso da razão. Embora ela sempre esteja ao nosso lado, mas a descartamos para dar lugar à ira, à vaidade e à ambição.
O ser humano foi criado por Deus para ser feliz, mas, mal começamos a vida, nossos primeiros pais já desobedeceram ao Criador e pecaram; por isso, estamos carregando este peso por toda a eternidade. Porém, nossa vida aqui neste mundo é para nos redimirmos de nossos erros para, quando morrermos para a Ressurreição, estarmos finalmente preparados na eternidade, junto a Deus. Portanto, se buscamos sempre a felicidade, precisamos antes de tudo fazermos o nosso próximo feliz.
Nós sempre ouvimos dizer: “A ambição mata” e, mesmo assim, nem sempre a ignoramos. E ela, realmente, quando usada para o poder desenfreado, mata para o amor, para a solidariedade, para a humildade e compreensão. Deixamos que tome conta, desrespeitando o próximo e, se preciso for, passando por cima dele sem dó nem piedade. Vivemos em comunidade, sociedade organizada, se assim podemos às vezes dizer. Claro, porque o homem, de modo geral um ser racional, jamais conseguiria viver solitariamente. Jamais pensamos em desenvolver um modo de passarmos a nossa vida isolada, porque somos seres criados para a coletividade, para o social. E quando o isolamento acontece é consequência dos fatos por nós provocados.
Por isso digo sempre que a vida é bela e nós a tornamos amarga e feia, de acordo com o que construímos ou destruímos durante nossa passagem por este planeta. Estamos acostumados a culpar os outros e a Deus pelos nossos defeitos, nossos erros e irresponsabilidades. É mais fácil achar culpados do que se culpar pois, se assim fosse, teríamos que apontar nossos erros e consertá-los, e isto para nós não é fácil. A morte da vida só acontece se quisermos. Somos seres criados na perfeição de Deus, porém somos seres destruidores na vontade de nossos erros, mas mesmo assim “A VIDA CONTINUA...”.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
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