sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A dor

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7


A DOR, um sentimento de agonia, um sofrimento sem anestesia, uma paixão à revelia!


A DOR, a nostalgia por um dia, que passou por vidas vazias, sem saber naquilo que se fazia!

A DOR, rebeldia por valentia, um contato abstrato, um fato concreto, a tristeza em aberto, a ferida em progresso, mas a inocência em retrocesso!

A DOR, quando sentimos sem piedade, enfrentamos com a verdade, isto em qualquer idade, mesmo com a fatalidade não esquecemos, porque na mentalidade sempre vivenciaremos, e com o sentimento não esmoreceremos!

A DOR, tristeza que chega e se acomoda, angústia que fica e não se explica e solidão de um dia que nada podia, mas com a chegada da alegria com tudo se fazia, noite adentro se completa a fantasia!

A DOR, quando vem não tem hora, quando fica não se sabe se vai embora!

A DOR, por que ela, senão ela? Por que surge sem avisar? E não preparados ela vem arrasar, e, se preparados, ela vem martirizar!

A DOR sem nexo, por que sentir? Sem complexo, por que insistir? Se a encaramos, às vezes estouramos, se a ignoramos, às vezes nos confortamos!

A DOR, mãe dos sofrimentos, alívio para certos momentos, martírio para alguns tormentos!

A DOR, mãe do suplício, sofrimento nada fictício, sensação de um coração cheio de emoção!

A DOR, um vazio por um fio, um caminho sem conforto, uma cicatriz frequente, que nos faz crescer eternamente!

A DOR, ela vem, ela vai. Ela se esconde e não sabemos onde. Quando aparece a gente estremece, mas a derrotamos com a coragem de um espartano!

A DOR não se esquece, e sempre íntima, de repente ela desaparece!

A DOR de cotovelo, de remorso, de paixão, de raiva, de ciúme, não importa, é dor!

A DOR? O que é a dor? Ela nasce, nos atormenta física ou espiritualmente, nos enfraquece, mas, às vezes, nos fortalece!


                QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

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