Geraldo Fonte Boa
Dentro de mim se fez vácuo,
E me deparo juntando os cacos
Do que sobrou...
Não sei o quanto de ti ainda existe em mim,
Mas também não me sei...
Coisas vêm e vão, envão.
A razão diz não, o coração sim
Para a normalidade social
sou louco, bobo sem corte,
Mas algo em mim clama pela anormalidade.
Penso, repenso, não durmo,
Imagino, iludo-me, confio, desconfio
Não sei mais o que sinto,
Se sinto... (minto).
Suas marcas estão por todo lado,
Mais internas que externas, confusas
Opacas… ranhuras da alma.
O altar foi desfeito e sobrou apenas leito
Onde, duramente, amargamente… deito...
Não consigo mais invadir tua privacidade
Que me era tão íntima...
Virou estigma, adversa, distante, estranha.
E pasmo refiro-me
Só.
Algo em mim também clama pela anormalidade, Fonte. Luto muito para não ser simplesmente mais uma ovelha no rebanho, um "cretino fundamental", como diria Nelson Rodrigues. Seu poema me fez refletir sobre isso. Um abraço!
ResponderExcluirE também sobre...todos somos bobos. Sem corte.
ResponderExcluirGostei,
Abraço.
Terezinha
O coração diz sim, e essa é a nossa razão. Parabéns, Fonte!
ResponderExcluirAbraço,
Márcio.