sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Dando uma de sociólogo

Joandre O. Melo
cadeira nº 20

É preciso considerar as pessoas e suas histórias. Histórias que emergem enquanto outras submergem, justapõem-se ou contrapõem-se, algumas enlaçam-se outras desenlaçam-se, sobrepõem-se ou submetem-se em uma entropia atípica. Vistas “de cima”, parecem estagnadas ou seguindo uma ordem. Mais parecem um tecido homogêneo de mesma tonalidade e tessitura com tramas cingidas como que guiadas pelas mãos invisíveis de um artesão. Olhando “de cima”, não mais definimos o João do Sebastião, nem o Antônio do Petrônio, entretanto, sentimos a força que une tais histórias!
A força resultante de tantas histórias transforma-se em História. As pessoas: o fulano, sicrano ou o beltrano; diluem-se em Povo. O Povo submete sua história -- por que quer vivê-la como desejar -- ao discurso de um Contrato. O Contrato tinge o tecido com a cor que lho dão. O tecido, agora tingido, é Nação; não é a história do João muito menos a do Sebastião, mas é tudo isso e todos.

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