Por entre montanhas
Cercada de verde
Pará de Minas se estende,
Singela, suntuosa
Velada, incessantemente,
Pelos olhos do Redentor
Que de braços abertos,
Num abraço constante
Acolhe quem chega.
A feição há muito não é a de uma pequenina cidade
Com uma igreja, uma praça, a prefeitura e o banco.
Não. O Pará cresceu.
O progresso vem chegando
Nosso espaço se transforma.
Mas a rua Direita vai ser sempre a rua Direita
De comércio abundante
De gente apressada
Que anda pra lá e pra cá
De barulho de buzina
E propaganda ambulante.
E a Matriz da Piedade!
Como é alta a sua torre!
Como são belos os seus detalhes!
Graciosos os peixes que entram e saem
E o aquário e o altar.
E como ela lembra o saudoso Padre Hugo...
Façamos uma pequena viagem pela nossa História.
Começando pela casa considerada a primeira:
a de Manuel Batista, desbravador de nossa terra (terá sido mesmo?!?),
Hoje, o Museu Histórico.
A primeira escola: a Torquato de Almeida.
E por que não seguir viagem ao som do apito dos trens
Que chegavam e partiam na antiga Estação?
Puxa! Quanta gente!
Quanta coisa chegando!
E a Casa da Cultura em tempos de Grande Hotel?
E o Centro Literário, enfeitado de gente linda
Sediando eventos e reuniões
Primeiro, só para homens;
Depois, também para as senhorinhas da cidade.
Aclamações para nossa memória histórica!
Nossa memória e identidade cultural!
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Poema escrito em 2007. Em setembro de 2021, foi concluída a revitalização do Centro Literário, bem tombado, e o prédio passou a abrigar a sede da Academia de Letras de Pará de Minas e uma academia de dança (Academia Municipal de Dança Juliana Grassi).
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@carmeliacandida - blog https://carmeliacandida.wordpress.com/
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