sexta-feira, 23 de março de 2012

Devolvo-te hoje "O arroz de Palma"



Pará de Minas, 15 de março de 2012


Amiga,


Com um leve aperto de saudade no coração, devolvo-te hoje “O arroz de Palma”.

É verdade que tuas mãos, ao senti-lo, encontrarão nele algumas marcas de uso deixadas pelas minhas. Por mais cuidado que eu tenha tido com ele, não consegui evitar, pelo manusear, as duas dobras na capa, na frente e atrás (surgidas quase naturalmente, pela leitura, como duas rugas de velho); um pouco de terra ou poeira (invisível para mim) que, muito discretamente, nuançou uma ou outra página; e também o pernilongo que, sem eu ver, pousou na última folha e acabou deixando lá sua vida, coitadinho.

Peço desculpas.

Mas, para compensar, devolvo-te hoje “O arroz de Palma” carregado de energia boa. Devolvo-o diferente, não só pelo toque de minhas mãos, pelo manusear (que deveria ter sido mais cuidadoso), mas com uma aura diferente: uma luz boa que a gente não pode ver nem sentir com as mãos, só com o coração: a luz da alegria que ele me proporcionou; do prazer que eu tive ao sentir suas páginas enquanto viajava no tempo e no espaço ao lado dos personagens; do choro bom que inúmeras vezes ele me fez derramar; da esperança, da paz, enfim, de tudo de bom que esse livro encantador me proporcionou.

E o mais importante, amiga: devolvo-te hoje “O arroz de Palma” cheio de gratidão por você, que me despertou para a sua leitura.

Muito obrigado pelo bem que você me fez!

Que Deus te abençoe!


Flávio Marcus da Silva

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