Conceição Cruz
Cadeira n.º 4
O “Zé da Várzea” ou o “Zé da Vargem”,
o nosso querido e saudoso Zé!
Quem dele não se lembra
ao ver a Banda passar?
Sempre à frente aparecia,
a reger, pura e soberanamente,
a alegria reinante no ar!
Criança tinha que dormir durante o dia,
para ficar acordada à noite e,
junto à cidade toda, na rua direita,
junto à cidade toda, na rua direita,
ver a “Santa Cecília” desfilar!
E a gente não conseguia dormir!
O coração batia forte,
antecipando os impecáveis ritmos
tal qual os limpos e bem passados uniformes!
Tudo preparado,
em vão,
as fortes cordas tentavam isolar,
o povo e a Santa…
O coração distraído, vencia
toda e qualquer barreira:
misturava-se à alegria da festa e
perdia-se em meio às notas musicais...
misturava-se à alegria da festa e
perdia-se em meio às notas musicais...
Agora,
no museu, adormecem
trompetes, tubas, saxofones...
Quais mãos e bocas deram-lhes vida?
Ou será que elas também dormem?
Quais mãos e bocas deram-lhes vida?
Ou será que elas também dormem?
Hoje, jovens
tocam hinos, recriam canções...
Num suspirar profundo,
as lembranças vertem-se líquidas
do peito aos olhos...
Irresistivelmente,
“Cecília” levou o
nosso Santo Zé!
Para aumentar o coro dos Anjos?
Ou o Zé foi tocar trombone
para a Santa?
De tudo mesmo,
bem não sabemos!
Só sabemos
que ela levou consigo o Zé e também
os nossos encantadores
anos de infância!
Lindo o poema!!!!!!!
ResponderExcluirLinda a lembrança... da banda Sta Cecília e do eterno "Zé".
Um passeio saudoso pelo tempo!!!
Adorei!!!! Parabéns!!!!!
Que lindo poema!Tocou-me o coração,
ResponderExcluirremetendo-me à saudosa Banda da minha cidade natal- Aiuruoca-MG.
Sua leitura fez evocar minha infância e a banda tocando no coreto da Praça,animando as festas da cidade.Que saudade!!!Parabéns!
Muito bacana esse poema, parabéns!!!!
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