quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Aceitar o perdão é assumir o amor de Deus!

Ailton José Ferreira
Cadeira n.º 7

Já falei sobre o perdão em vários momentos e situações, mas sempre é bom atualizarmos sobre o assunto que nunca se esgota. Sempre haverá motivos para falarmos do perdão, pois cada caso é um caso, e cada momento é diferente do outro. Depende do fato, das circunstâncias e da gravidade do ocorrido que vamos perdoar naquele momento ou se vamos perdoar mais tarde, depois que nossa mente estiver com a razão em funcionamento. Porém uma coisa é certa: temos que perdoar sempre, não importando o acontecido. Porque Deus nos deu uma inteligência, não para fazermos da razão atos impensados que nos faz destruir interiormente e também aos outros, mas sim para refletirmos sobre os atos incoerentes que nos prejudicam e ao nosso próximo.

Isto não quer dizer que devemos conviver com aqueles que nos praticaram um grande mal, às vezes irreparável, nem que estamos concordando com o mal praticado. Mas simplesmente estamos perdoando aquela pessoa porque somos seres humanos passíveis de erros e porque Deus nos perdoa sempre; também porque queremos ser perdoados por nossas faltas que são inúmeras. O perdão é o amor de Deus infinito por todos nós, e não podemos desprezar jamais esta Graça por Ele concedida. Faz falta para o nosso corpo, tanto no físico como no espiritual. Sem o perdão, não podemos crescer nem ficar mais fortes com as adversidades da vida. E se não perdoarmos, jamais conseguiremos ser flexíveis e resilientes, ou seja, não teremos a capacidade de nos recobrarmos de nossas faltas e de aceitarmos as faltas de nosso próximo.

Portanto, não devemos guardar rancor, raiva ou resignação, pois só nos causará atitudes que certamente podem destruir nossos bons sentimentos. Se ficarmos remoendo o passado não conseguiremos caminhar no presente e com certeza teremos um futuro obscuro que poderá se espalhar à nossa volta e a todos com quem convivemos. Ao mundo não interessa o nosso passado e sim o que somos capazes de ser, fazer e dar agora. E quando nos apegamos à dor antiga, a autocomiseração embota a capacidade de dar e, quando assumimos o papel de mártires, ficamos à espera que alguém resolva milagrosamente a nossa vida. E não é por aí, porque precisamos ter a coragem de enfrentar o nosso sofrimento, e mais ainda, a coragem de perdoar - e nos perdoar também. Se deixarmos de julgar e perdoar aqueles que nos feriram e deixaram profundas cicatrizes, certamente nossa dor será aliviada.

O perdão faz com que reconheçamos nossas fragilidades e que não precisemos escondê-las do mundo. Por isso, caros irmãos, perdoar é preciso, não importa em que situação possamos estar no momento. A oração do Pai Nosso responde a todas as nossas dúvidas quando diz: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...”. Pedimos o perdão de Deus em todas as nossas faltas e por que, então não perdoarmos as faltas dos nossos irmãos? Como seria mais fácil se no amor de Deus o perdão nos conflitos mundiais viesse na frente. Evitaríamos, com certeza, a discórdia e as guerras entre as nações. Como o entendimento entre nós, seres humanos, seria mais fácil se ensinássemos às nossas crianças desde o berço a amar e a perdoar o próximo em todas as circunstâncias.

Como dizia São Paulo Apóstolo: “Ser forte é amar e perdoar o ser humano mesmo que lhe tenha atingido com falta grave, e ser fraco é dar as costas para este irmão que precisará do seu perdão, pois a nossa salvação é o amor e o perdão.”

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

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